quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Lesões músculo-esqueléticas na mulher atleta
Nos últimos 25 anos, observamos um aumento do número de mulheres praticantes de atividade física em diferentes níveis, desde o escolar até a atleta olímpica. Com isso, houve o aparecimento e diagnóstico de condições metabólicas e lesões específicas do gênero.
Além das diferenças anatômicas e fisiológicas, a modalidade desportiva também influencia na quantidade e no tipo de lesão.
Ombro
A instabilidade no ombro da mulher atleta pode ser devido a um evento traumático ou microtraumatismos de repetição. Essa segunda situação envolve principalmente atletas de modalidades com movimento de arremesso (natação estilo livre, beisebol e voleibol). A frouxidão li-gamentar secundária desses microtramatismos pode provocar deslocamentos anormais entre duas superfícies articulares (úmero e glenóide) e tornar-se sintomática. A instabilidade deve ser classificada de acordo com o tempo, grau, direção, etiologia e voluntariedade. Deve ser diferenciada de síndromes com hipermobilidade e instabilidades acrômio-claviculares.
As três formas mais comuns são: a instabilidade anterior traumática, a instabilidade multidirecional e a instabilidade posterior.
O tratamento varia desde exercícios para fortalecimento da musculatura escapular, correção da técnica do movimento até intervenções cirúrgicas. O resultado pode ser incerto quando comparado com os resultados em homens e depende da modalidade envolvida.
Joelho - Fêmoro-patelar
A Síndrome da dor fêmoro-patelar (SDFP) é a queixa mais comum na mulher atleta. É causada por fatores intrínsecos (tróclea rasa, patela alta, discrepância de membros, frouxidão ligamentar) e extrínsecos (treinamento excessivo, equipamentos inadequados, pisos duros, erros de técnica). Os três principais fatores são: imbalanço muscular do quadríceps femoral, mal alinhamento fêmoro-patelar e fêmoro-tibial (valgo) e sobrecarga articular. A principal queixa é a dor anterior no joelho, que deve ser diferenciado de outros diagnósticos (tendinopatias), e pode ser intensificada com o aumento da intensidade dos treinos. Além disso pode ocorrer crepitação, derrame articular, diminuição do arco de movimento e sensação de insegurança. Os sintomas são mais intensos nas mu-lheres e podem ser incapacitantes para algumas modalidades.
A instabilidade fêmoro-patelar (IFP) pode aparecer devido a um episódio traumático (lu-xação) ou devido a alterações intrínsecas que predispõem a instabilidade, como patela alta, displasia do vasto medial, tróclea rasa e imbalanço muscular. Isso pode ocasionar uma diminuição no desempenho devido a redução da atividade elétrica muscular, menor resistência muscular que aumenta a sobrecarga articular e aumento da concentração de proteoglicanos após o exercício.
O tratamento consiste na educação do gesto esportivo, monitoramento dos sintomas, uso de órteses, treinamento sensório-motor, reequilíbrio muscular, exercícios excêntricos e programas para melhorar a função muscular. A cirurgia é reservada para casos selecionados.
Joelho - Ligamento Cruzado Anterior (LCA)
A lesão do LCA é comum em modalidades que envolvem mudanças bruscas de direção, desace-leração e aterrissagens. As mulheres atletas apresentam uma incidência de lesão do LCA sem contato direto de 6 a 8 vezes superior à dos homens em determinadas modalidades como futebol e basquete. Dentre os principais fatores destacam-se: intercôndilo femoral estreito, frou-xidão ligamentar, resistência muscular inferior, LCA menor e alinhamento em valgo. Fatores hormonais podem contribuir para uma maior frouxidão em certas fases do ciclo menstrual. Alterações na estratégia de controle neuromuscular, padrões de movimento alterados e posição do corpo, principalmente durante a aterrissagem, contribuem para corroborar os dados acima. Outro fator é a fadiga muscular do quadríceps femoral e isquiotibiais em mulheres, que dimi-nuem a estabilização dinâmica e propriocepção do joelho. Medidas e treinamentos preventivos têm sido desenvolvidos para diminuir a incidência da lesão do LCA sem contato direto nas modalidades com maior risco.
Coluna
As lesões na coluna são frequentemente relacionadas a certas modalidades como dança e ginástica. Fatores de risco que aumentam a lordose lombar como a musculatura flexora do quadril e isquiotibiais encurtados, aumento da anteveresão femoral e aumento da largura bitrocanteriana po-
dem alterar a distribuição de forças na coluna lombar. Nas adolescentes podem ocorrer apofisites e escorregamentos nos movimentos com hiperextensão. Modalidades como natação e arremesso podem gerar escolioses funcionais devido à frouxidão ligamentar e a distribuição de forças assimétricas nas mulheres com maturidade esquelética, que em geral são tratados com observação e uso de órteses. Espondilólise como resultado de uma fratura por estresse da pars interarticular pode estar associada à tríade da mulher atleta e movimentos com extremos de flexão e extensão na coluna lombar. Velejadoras podem desenvolver lesões no disco intervertebral e levantadoras de peso podem desenvolver fraturas por compressão da coluna lombar.
Pernas e Pés
A incidência de algumas das patologias do pé e tornozelo das mulheres esportistas está relacionada com a tríade da mulher e com as ca-racterísticas anatômicas específicas femininas (menor massa muscular e óssea, tíbia mais estreita) que predispõem às fraturas de ossos do metatársico, tíbia e calcâneo em especial, e em maior incidência que nos homens quando praticando a mesma modalidade esportiva.
O uso de calçados femininos específicos também é considerado como fator predisponente a patologias do pé da mulher esportista, como o hálux valgo (joanete), deformidades dos pequenos dedos e calosidades, além da forte influência genética e da correlação com o próprio calçado da modalidade esportiva, como na modalidade de escalada indoor e dança clássica.
A reavaliação dos fatores predisponentes intrínsecos ou extrínsecos deve guiar a readequação de calçados, tratamentos locais ou em casos mais extremos a intervenção cirúrgica.
Além das diferenças anatômicas e fisiológicas, a modalidade desportiva também influencia na quantidade e no tipo de lesão.
Ombro
A instabilidade no ombro da mulher atleta pode ser devido a um evento traumático ou microtraumatismos de repetição. Essa segunda situação envolve principalmente atletas de modalidades com movimento de arremesso (natação estilo livre, beisebol e voleibol). A frouxidão li-gamentar secundária desses microtramatismos pode provocar deslocamentos anormais entre duas superfícies articulares (úmero e glenóide) e tornar-se sintomática. A instabilidade deve ser classificada de acordo com o tempo, grau, direção, etiologia e voluntariedade. Deve ser diferenciada de síndromes com hipermobilidade e instabilidades acrômio-claviculares.
As três formas mais comuns são: a instabilidade anterior traumática, a instabilidade multidirecional e a instabilidade posterior.
O tratamento varia desde exercícios para fortalecimento da musculatura escapular, correção da técnica do movimento até intervenções cirúrgicas. O resultado pode ser incerto quando comparado com os resultados em homens e depende da modalidade envolvida.
Joelho - Fêmoro-patelar
A Síndrome da dor fêmoro-patelar (SDFP) é a queixa mais comum na mulher atleta. É causada por fatores intrínsecos (tróclea rasa, patela alta, discrepância de membros, frouxidão ligamentar) e extrínsecos (treinamento excessivo, equipamentos inadequados, pisos duros, erros de técnica). Os três principais fatores são: imbalanço muscular do quadríceps femoral, mal alinhamento fêmoro-patelar e fêmoro-tibial (valgo) e sobrecarga articular. A principal queixa é a dor anterior no joelho, que deve ser diferenciado de outros diagnósticos (tendinopatias), e pode ser intensificada com o aumento da intensidade dos treinos. Além disso pode ocorrer crepitação, derrame articular, diminuição do arco de movimento e sensação de insegurança. Os sintomas são mais intensos nas mu-lheres e podem ser incapacitantes para algumas modalidades.
A instabilidade fêmoro-patelar (IFP) pode aparecer devido a um episódio traumático (lu-xação) ou devido a alterações intrínsecas que predispõem a instabilidade, como patela alta, displasia do vasto medial, tróclea rasa e imbalanço muscular. Isso pode ocasionar uma diminuição no desempenho devido a redução da atividade elétrica muscular, menor resistência muscular que aumenta a sobrecarga articular e aumento da concentração de proteoglicanos após o exercício.
O tratamento consiste na educação do gesto esportivo, monitoramento dos sintomas, uso de órteses, treinamento sensório-motor, reequilíbrio muscular, exercícios excêntricos e programas para melhorar a função muscular. A cirurgia é reservada para casos selecionados.
Joelho - Ligamento Cruzado Anterior (LCA)
A lesão do LCA é comum em modalidades que envolvem mudanças bruscas de direção, desace-leração e aterrissagens. As mulheres atletas apresentam uma incidência de lesão do LCA sem contato direto de 6 a 8 vezes superior à dos homens em determinadas modalidades como futebol e basquete. Dentre os principais fatores destacam-se: intercôndilo femoral estreito, frou-xidão ligamentar, resistência muscular inferior, LCA menor e alinhamento em valgo. Fatores hormonais podem contribuir para uma maior frouxidão em certas fases do ciclo menstrual. Alterações na estratégia de controle neuromuscular, padrões de movimento alterados e posição do corpo, principalmente durante a aterrissagem, contribuem para corroborar os dados acima. Outro fator é a fadiga muscular do quadríceps femoral e isquiotibiais em mulheres, que dimi-nuem a estabilização dinâmica e propriocepção do joelho. Medidas e treinamentos preventivos têm sido desenvolvidos para diminuir a incidência da lesão do LCA sem contato direto nas modalidades com maior risco.
Coluna
As lesões na coluna são frequentemente relacionadas a certas modalidades como dança e ginástica. Fatores de risco que aumentam a lordose lombar como a musculatura flexora do quadril e isquiotibiais encurtados, aumento da anteveresão femoral e aumento da largura bitrocanteriana po-
dem alterar a distribuição de forças na coluna lombar. Nas adolescentes podem ocorrer apofisites e escorregamentos nos movimentos com hiperextensão. Modalidades como natação e arremesso podem gerar escolioses funcionais devido à frouxidão ligamentar e a distribuição de forças assimétricas nas mulheres com maturidade esquelética, que em geral são tratados com observação e uso de órteses. Espondilólise como resultado de uma fratura por estresse da pars interarticular pode estar associada à tríade da mulher atleta e movimentos com extremos de flexão e extensão na coluna lombar. Velejadoras podem desenvolver lesões no disco intervertebral e levantadoras de peso podem desenvolver fraturas por compressão da coluna lombar.
Pernas e Pés
A incidência de algumas das patologias do pé e tornozelo das mulheres esportistas está relacionada com a tríade da mulher e com as ca-racterísticas anatômicas específicas femininas (menor massa muscular e óssea, tíbia mais estreita) que predispõem às fraturas de ossos do metatársico, tíbia e calcâneo em especial, e em maior incidência que nos homens quando praticando a mesma modalidade esportiva.
O uso de calçados femininos específicos também é considerado como fator predisponente a patologias do pé da mulher esportista, como o hálux valgo (joanete), deformidades dos pequenos dedos e calosidades, além da forte influência genética e da correlação com o próprio calçado da modalidade esportiva, como na modalidade de escalada indoor e dança clássica.
A reavaliação dos fatores predisponentes intrínsecos ou extrínsecos deve guiar a readequação de calçados, tratamentos locais ou em casos mais extremos a intervenção cirúrgica.
Fonte: Labirinto do Corpo
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Nutrição da mulher na fase adultaDurante a fase adulta
Nessa fase, as mulheres devem ficar atentas com a prevenção da osteoporose, com uma alimentação variada e diversificada, consumindo cálcio, adequadamente presente na couve, espinafre, semente de abóbora e no leite e seus derivados. Recomenda-se a ingestão de outros nutrientes, como a vitamina D e o magnésio, importantes para a fixação nos ossos. As fontes de vitamina D incluem peixes gordurosos, como sardinhas, cavala e atum, ovos, alimentos fortificados como margarina e alguns cereais matinais. O magnésio pode ser encontrado em cereais e em legumes como a beterraba e berinjela. A exposição solar é também essencial.
Obstipação: A obstipação intestinal é um problema de origem funcional, decorrente de seu mau funcionamento, podendo estar relacionado a poucas evacuações, esforço excessivo para evacuar, evacuação incompleta e fezes endurecidas. Ainda podem ocorrer períodos prolongados entre uma e outra evacuação, distensão abdominal e flatulência.
O mau funcionamento do intestino pode ocasionar má-absorção dos nutrientes, fazendo com que o indivíduo apresente os sintomas de deficiência mesmo consumindo todos os nutrientes.
As principais causas são hábitos alimentares errôneos como dieta sem fibras; uso excessivo de proteínas, alimentos industrializados e refinados; desordens funcionais e estruturais do intestino; distúrbios psiquiátricos como depressão, anorexia e psicose; e uso de fármacos.
Assim, sugere-se uma alimentação rica em frutas frescas, verduras, legumes e grãos integrais, ricos em fibra alimentar; bem como aumentar o consumo de laranja com bagaço, chicória, farelo de aveia, farelo de quinua e semente de linhaça, a ingestão de líquidos para auxiliar no trânsito intestinal e em alguns casos, também é necessária a introdução de probióticos, que são os lactobacilos.
Estatisticamente, a “prisão de ventre” afeta mais as mulheres do que os homens devido a fatores hormonais e, no caso da gestação, pela compressão do útero sobre o intestino.
TPM: Muitas mulheres apresentam modificações de humor, desejo por determinados alimentos e ansiedade, o que caracteriza a Tensão Pré-Menstrual. Durante a TPM, o estrógeno alto exerce influência no humor porque afeta os neurotransmissores cerebrais. O excesso de estrogênio pode ser modulado com uma dieta modificada durante a segunda fase do ciclo, com pouco sal, pouca gordura, muitas fibras e porções reduzidas de carnes, aves, ovos, peixes, queijos, álcool, doces e café. Isto porque é o fígado quem equilibra as quantidades de estrogênio no sangue, e quando ele está sobrecarregado, o hormônio retorna à corrente sanguínea e causa o desconforto. Açúcares e gorduras podem aumentar a produção de hormônio. Para aliviar alguns sintomas durante a TPM é aconselhável uma dieta equilibrada combinada com exercícios físicos. As mulheres devem fazer refeições regulares e em pequenos volumes, baseadas na combinação de cereais integrais, leguminosas, legumes e frutas.
Alimentos e bebidas com comprovada ação diurética são bons aliados:
• Legumes: chuchu, tomate, aspargos e alcachofra;
• Frutas: abacaxi, manga, pêssego e morango;
• Verduras: alface e espinafre;
• Chá de boldo, confrei ou mate;
Gorduras localizadas: O sedentarismo está diretamente relacionado às gorduras localizadas presentes nas mulheres dessa faixa etária. Nesse período, as mulheres não dispõem de tempo adequado para cuidar de si, muitas não praticam atividade física regular e se rendem às dietas ina-dequadas, favorecendo o famoso “efeito sanfona”.
Durante essa fase sugere-se:
• Consumir alimentos fonte de vitamina B6*, pois aumenta os níveis de serotonina no cérebro, dimi-nuindo o apetite compulsivo por alimentos calóricos.
• Preferir alimentos ricos em potássio, como banana, laranja, alcachofra, salsa, agrião, pois eles fazem o organismo eliminar mais água e reduzem o inchaço causado pela retenção de líquidos; consumir alimentos ricos em magnésio (nozes, amêndoas, banana, maçã, vegetais verdes, frutos do mar), pois regulam a produção de aldosterona, uma das substâncias responsáveis pela retenção de líquidos.
Fonte: Labirinto do Corpo
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
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